Os contêineres onde funcionava a sede da UPP Mandela, no Conjunto de Favelas
de Manguinhos, no Rio de janeiro, foram retirados do local para reparos na
manhã desta sexta-feira (21). As instalações foram incendiadas durante um
ataque de criminosos na noite de quinta-feira (20). Agentes do Batalhão de
Operações Especiais (Bope) reforçavam a segurança para que os operários
pudessem trabalhar na região.
Durante o incêndio, o fogo atingiu carros e a rede elétrica da região, o que
deixou a comunidade sem luz. Por volta das 6h55, a Light informou que suas
equipes começaram a atuar em trechos do Conjunto de Favelas de Manguinhos
desde o início da manhã para verificar a extensão dos danos causados na rede.
Ainda não havia previsão de quando a energia seria reestabelecida.
Série de ataques Ao menos três comunidades com Unidades de Polícia
Pacificadora (UPPs) foram atacadas na noite desta quinta-feira (20), em pontos
distintos do Rio. Em Manguinhos, houve o pior ataque. Criminosos atearam fogo
aos contêineres da UPP Mandela, que ficaram completamente destruídos. O
comandante da UPP, capitão Gabriel Toledo foi baleado e outro policial levou
uma pedrada na cabeça.
Após a ação, a polícia bloqueou os acessos da favela e revistou carros e
caminhões, inclusive um veículo dos Correios. A circulação de trens ficou
suspensa. O fogo também atingiu a rede elétrica, o que deixou parte da
comunidade sem luz. Um poste também foi derrubado durante os ataques.
Ainda na noite de quinta-feira, o governador Sérgio Cabral e o secretário de
Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, fizeram uma reunião no
Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para definir as providências que
seriam tomadas. Após o encontro, Cabral informou que vai solicitar à Presidência
da República apoio das Forças Federais para conter os ataques em áreas
pacificadas do Rio. Ele e Beltrame viajam para a Brasília na manhã desta sexta-
feira (21).